Á vista dos meus olhos
À vista dos meus olhos
Vejo-te ali junto às ondas
E as areias quebradas, encantam
O teu corpo banhado, suado
Definido, altivo, elegante...
Solto, relaxa, leve e ao vento: refresca-se.
Deixa-se lavar pelas águas
Que num vai e vem crescente
Anima, suaviza, atavia... Cativa.
Que bonito seu corpo ali presente...
Afago-lhe, aliviado, como sempre...
Eternos, meus olhos sorriram
E inefavelmente se calaram...
Vejo-me dentro deles, como se fosse dono
E torço para esse dia não chegue ao fim.
O seu riso a distancia confirma
O conforto alegre chegado aos meus olhos...
Sempre aos meus olhos, ardentes como chama.
Nesse instante, o sol ajudado pelo vento
Seca-lhe os pingos exóticos por todo o corpo.
Viajo... E, encontro-me inconscientemente perdido.
E no sonho, as ondas continuam
E o seu corpo como as ondas num vai e vem.