o vicio do poeta
Meus poemas se alimentam de você
E você se alimenta dos meus versos
Uma troca de favores sinceros
Escravos do próprio vicio da alma
A carne canta na ponta do lápis
Escrita com teu sangue em papel dourado
Minha marca em sua pele nua tatuada
Em meu perpetuo legado
Carrego em ti minha fonte continua de inspiração.
Batidas vazias em meu peito
Se contradizem quando estão em suas mãos
O fogo que queima ao contrário
Fazendo meu fim ser na verdade um começo.
Soluço em noites de sonos veladas
Em teu colo na manhã seguinte
Meus sonhos com teu rosto no papel descrevo
Meu vicio de escrever sobre você se alimenta
Da beleza dos seus olhos que não posso ver
Da pele macia que não posso tocar
Da sua satisfação em se ver
Nessas palavras em vermelho
Em todos os meus versos.