MUITO ALÉM DAS FRONTEIRAS

Lança-te sem freios
e sem limites
a nosso sonho
nuvem


 que muitos
podem chamar
devaneio –,

e não me cessa
a pálida e angustiante
poesia,

nem te pares diante
das neandertais
dissimetrias;

que,
a esse sublime
e transcendente enlace
d’amor

– que nem pensei
ser-me possível,
e que agora me adentra
a alma sofrida –,

não podemos permitir
que pássaros, vermes
ou ratos sapiens

matem

com seus doces
e suaves venenos,

nem com seus faustos
e soberbos enleios.

Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 03/03/2014
Reeditado em 03/03/2014
Código do texto: T4713488
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