MUITO ALÉM DAS FRONTEIRAS
Lança-te sem freios
e sem limites
a nosso sonho
nuvem
– que muitos
podem chamar
devaneio –,
e não me cessa
a pálida e angustiante
poesia,
nem te pares diante
das neandertais
dissimetrias;
que,
a esse sublime
e transcendente enlace
d’amor
– que nem pensei
ser-me possível,
e que agora me adentra
a alma sofrida –,
não podemos permitir
que pássaros, vermes
ou ratos sapiens
matem
com seus doces
e suaves venenos,
nem com seus faustos
e soberbos enleios.
Péricles Alves de Oliveira