Sua sorte!

Quando o brilho do sol
Der lugar à lua,
E minh’alma descortinada
Parecer-lhe nua.
 
A música suave da noite
Sussurrará em seus ouvidos
Dizendo, que eu sou a sorte,
E que a sorte é sua...
 
Oh Menestrel, insatisfeito.
Que joga gotas no leito
E faz o caminho desfeito
 
Posto que, de gota em gota
Eu trasbordei.
E da nascente que era,
Em rio me tornei
 
Águas incessantes
A desaguar no mar adiante
Num encontro de ondas,
Ventania, de frio e calor,
 
A inundar a terra num cio,
Que produza a calma neste rio,
Para que nasçam assim
Os frutos deste amor.