SERENATA

Como se a praça fosse sua

ele canta para a lua

canta para ela, o trovador...

Quando abro a janela

vejo, que ele olha pra ela

mas não sou o seu amor...

Ouvindo baixinho sua canção

que enche de vida a solidão,

sua música me arrebata...

Sozinha, no quarto me tranco,

queria estar com ele, no banco

aplaudindo, sua serenata.

Queria fazer parte de sua canção,

na verdade, queria ser seu violão,

o violão, do poeta, do cantor...

Na noite de aragem tão fresca

sinto uma angústia gigantesca,

mas ele desconhece, a minha dor...

Sua música no ar avança

como uma suave lembrança

na noite, que parece não ter fim...

Ai meu Deus!Como eu queria

que sua música, um dia...

fosse endereçada, só para mim...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 01/05/2007
Reeditado em 17/05/2009
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