Silêncios de um Poema de Amor
Solidão... Ah Solidão!
Uma maldição ou uma bênção?
Aos que foram agraciados pelo verso,
Assim como eu a frente desta folha
Sem pautas aguardando da noite
Mais que um beijo na face, rosas sobre a mesa!
A brisa um tanto gélida
Já traz em suas linhas um pedaço
Do outono, de segredos a serem desvendados
Em poemas idílicos, retratos vivos
Da palavra cantada, ouvida, seda batom!
Amiúdes de uma certa rapsódia
Põem-se a dançar pela valsa triste,
Interpretada por violas em tons agudos,
Pois, a roda é viva e a pouco anoiteceu
Entre os botequins onde os estros
Tornam-se cálice, fábulas, do mito Afrodite!
Como uma ópera dolorida
As nuvens abrem-se à lua cheia,
Repleta de misticismo e amor
Em pele acariciada, graça pelas pétalas
Vindas dos ventos do norte, enfim corpo e alma!
28/02/2014
Porto Alegre - RS