S U E L I
 
Su, hoje quando acordei,
Não lembrei que o nosso jogo havia acabado.
Na nossa cama te procurei,
Mas você não estava ao meu lado.

Temendo a dura realidade e querendo me enganar,
Desejei que fosse um pesadelo.
Ou mesmo um sonho daqueles que não gostamos de lembrar.

É hoje o meu primeiro dia sem você,
Até tentei me enganar querendo crer que havias saído.
E que no finalzinho da tarde iríamos nos ver.

Sabe, pensei que eu era forte,
Mas tenho que confessar.
Estou com medo...
Medo da solidão que já se faz presente,
Medo da cruel realidade do ser amado ausente.

Sabe, na realidade eu não queria acordar!
Até pedi a Deus que me fizesse novamente dormir...
Dormir e sonhar com você e não mais despertar.

Na realidade estou só...
Só e me perguntando, por quê?
Por que?
Se era eu quem devia ser saudade e não você!

Aqui no nosso quarto,
Busco alento no que ficou.
Suas roupas reclamam sua ausência,
Seu perfume se faz presente,
Fomentando a saudade e a dor.

Su, mesmo sendo você a nossa advogada preferida.
O juiz que tudo sabe nos condenou,
Sentenciado, eu e nosso rebento Tomaz,
A vivermos sem teu amor.

Com “S” escreverei Saudade;
Com “U” a União que solidificou;
Com “E” Eterna saudade;
Com “L” Lembranças do que ficou;
Com “I” Imortalizarei o nosso amor.