Não sei onde anda o meu amor
Amanheci, com os olhos irritados
Sem movimentos, presos... loucos de saudade.
Não sei onde anda meu amor...
Também pudera, o doce fugira da minha boca.
A noite fora longa e o sono descoberto
Não se permitira sereno nem ofuscado
E os pensamentos, desafiados, não lhe tirava da cabeça
Era uma luta onde me perdi por completo.
A minha fuga se concentrava nos sonhos
Onde não perdia um segundo os seus traços
E, embalados, pela saudade direta do coração
A cabeça não tinha jeito de se aquietar.
Não sei onde anda o meu amor
Talvez conversando com seus botões
Ou ainda, esperando noticias minhas.
Foi tudo errado... incompreendidos
E o pouco, aos meus cuidados, foram apagados
Nem nos despedimos... o tempo fechado
Não permitira um abraço... um até logo.
O destino prega o merecido
E não se deve recusar o desencontro
Até porque a vida não nega nada
Está sempre disposta a desafios
E na busca de novos caminhos
Enfrenta estradas cheias de obstáculos.
Um amor não acaba se o conteúdo
For devera um fato concreto para o íntimo
E o amor precisa de afinidade do coração
Com os pensamentos armazenados na cabeça.
Amanheci, distante do quieto
Com cara de poucos amigos
Dessossegado e com a saudade zangando
Fortemente, o coração e os pensamentos.