para que incessantemente eu ame o teu canto;
não somente aquele que debrua os sentires
ao escorrer dos pulsos em dulcíssima essência,
mas aquele que em fachos dourados seduz minha alma
quando dolorosamente me sorri...
Mostras-me o caminho da doce saudade
para que eu suporte os invernos de tua ausência;
de divisas, de angústias, de ceifados horizontes !
Sabendo pois que meu peito esperará
a volta de teus laços constelados
... que te aguardarei com braços de poemas...
Dás-me a direção, o caminho de ti,
o toque suave das orquídeas de tuas mãos,
para que eu resista a cada segundo dessas mortes
Posto que o seguirei pela eternidade,
por saber que todo amor do mundo
dormita na cambiante aurora de tuas virtudes !
- Nas densidades de teu ímpar coração em asa -
preciso-te; poesia que me veste, desejo que nos entrelaça.
Denise Matos