Olhar
Olho no seu olhar,
Refletida luz do meu desejo,
Eu conduzo a pipa no céu azul celeste,
Ela foge de minha vista, atrás do vento!
Esse tempo parece não passar!
O retorno dos cordões, o grito de carnaval não emitido!
Toco meus tambores de latas e gargalho a falta!
Sambaria até suar e rodaria a baiana, que me oferece cocada.
Nada me adiantaria, se eu estivesse na Europa!
Cavalgo pela liberdade e pelo prazer de ir!
Vou para Trancoso!
O mar atrás da Igreja, o Rio, na frente do mar,
A Lua brilharia comigo, no eclipse vermelho!
Os satélites, internet, notícias, só pelas bocas!
Sentidos a flor da pele, caminharia em busca dos vaga-lumes gigantes!
A noite calma, o cheiro de mato, me deitaria com os insetos!
A no caminho do Rio, marcaria meus pés com mordidas de caranguejos!
Estarei eu viva!
Sentindo dores no corpo!
O cansaço me levaria ao banho nu no mar límpido!
E seria eu novamente!
Índia, morena, perdida na mata mineira!
Olho no seu olhar,
Refletida luz do meu desejo!