DESCE DO CÉU AGORA O AMOR

Ao longe escuto o soluçar comovido

Vindo de dentro do coração na hora

Amarga da despedida ouve-se uma frase longa,

Esquecer-te jamais, nisto caem-se,

Uma chuva branca e cheia de perfume

De pétalas de rosas, no canto tremulo.

Vejo soluçando uma pessoa

Que sofre nesta despedida amorosa.

De repente como que mais forte

Ouve-se palpitar um soluço mais forte,

Que vai crescendo mais e mais,

O suspiro mistura-se a prantear

No mesmo canto, mais um espírito,

Que sofre, junto à flor da paixão,

Que chora perdidamente num desespero grande

E a saudade e a dor que recai novamente.

Rolando entre os convulsos gritos

Uma lágrima que sai de dentro do coração,

Junto ao delírio que aos poucos

Enche-se de prantos silenciosos

Que começa a palpitar e a tremer.

Desce agora do céu, o amor junto,

A minha deusa linda que estava ausente,

A iluminar a minha vida que estava escura,

Fazendo desabrochar serena a rosa,

Como um cálice de um azul

Ela chega com teu vestido leve,

No ar e deixa o perfume.

Ergo o braço e lhe pego a mão

E a minha angustia, a minha dor,

Diz novamente que esquecer-te jamais!

Jamais enquanto eu for vivo

Nunca cessara o tormento

Da tua imagem na minha frente

Pelas horas de amor, pelos sonhos,

Pelos prazeres, pelos gritos de emoção,

Esquecer-te jamais, pois você e a minha,

Estrela cheia de amor é a minha

Linda miragem que brilha suave

E divina a iluminar cada dia de minha vida.

Comendador Marcus Rios

Poeta Iunense – Acadêmico –

Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)

Marcus Rios
Enviado por Marcus Rios em 24/02/2014
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