Coração perdido no tempo
Ainda ontem estava pensativo
Meio por baixo... somente meias palavras
Eram entregues aos pensamentos
E a cabeça, esvaziada, não dava continuidade
E nem sabia, como animar, seguir e contribuir
E o mundo rodava... Os sonhos insensíveis
Se negavam a devolver a alegria ao coração.
Não sei bem o motivo do estrago
Pensava na dificuldade do coração
Na incerteza de não estar sendo amado...
E, ainda, dos sonhos existentes, se retraírem
Não se consumirem com a grandeza da verdade
E não serem vividos como no passado...
Às vezes, nem sabemos como anda o coração
Lá do fundo, dita umas regras sem nexo
Nem espera o sinal do amor chegado
Aborta a vontade inflamada dos pensamentos
Se acomoda com o encanto do sexo alinhado
E confunde o amor, com o prazer, acentuado, desembaraçado...
Como pode o momento ser culpado pela ausência dos sonhos
Se, nem mesmo o tempo, sabe, como fora o começo...
E o coração, precisa se manter, à luz das fantasias
Para não perder o brilho cercado nas juras de amor.
Ainda ontem estava pensativo
Meio por baixo... somente meias palavras
Conseguiram impor um ritmo ao coração
E aproveitaram, o estado embaraçado da cabeça
Para fazer os pensamentos desviarem o foco da saudade...
Coração perdido se comove no tempo
Sem o cheiro da presença do amor
Reduz os pensamentos
Enfraquece a alma
Esvazia a saudade
Inefavelmente... desaparece... morre.