Coração perdido no tempo

Ainda ontem estava pensativo

Meio por baixo... somente meias palavras

Eram entregues aos pensamentos

E a cabeça, esvaziada, não dava continuidade

E nem sabia, como animar, seguir e contribuir

E o mundo rodava... Os sonhos insensíveis

Se negavam a devolver a alegria ao coração.

Não sei bem o motivo do estrago

Pensava na dificuldade do coração

Na incerteza de não estar sendo amado...

E, ainda, dos sonhos existentes, se retraírem

Não se consumirem com a grandeza da verdade

E não serem vividos como no passado...

Às vezes, nem sabemos como anda o coração

Lá do fundo, dita umas regras sem nexo

Nem espera o sinal do amor chegado

Aborta a vontade inflamada dos pensamentos

Se acomoda com o encanto do sexo alinhado

E confunde o amor, com o prazer, acentuado, desembaraçado...

Como pode o momento ser culpado pela ausência dos sonhos

Se, nem mesmo o tempo, sabe, como fora o começo...

E o coração, precisa se manter, à luz das fantasias

Para não perder o brilho cercado nas juras de amor.

Ainda ontem estava pensativo

Meio por baixo... somente meias palavras

Conseguiram impor um ritmo ao coração

E aproveitaram, o estado embaraçado da cabeça

Para fazer os pensamentos desviarem o foco da saudade...

Coração perdido se comove no tempo

Sem o cheiro da presença do amor

Reduz os pensamentos

Enfraquece a alma

Esvazia a saudade

Inefavelmente... desaparece... morre.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 24/02/2014
Código do texto: T4703918
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