Mulher

Quase lua a se queimar,

vestida de prata, encanto do rio.

A vida lhe deu o filho querido,

embala no colo com triste olhar.

Quem dera pudesse prever seu destino,

nos campos, na guerra, em tudo mandar.

A força do sol acorda seus medos.

O dia raiou e a vida é isso.

Prepara o fruto, sacia a dor,

Brinca com o vento

cantando seu mantra.

Quando a estrada sumir no deserto

e o filho do filho beijar sua face,

a chuva banhará seus cabelos,

e será a lembrança de sempre amar.

Fátima Souza
Enviado por Fátima Souza em 24/02/2014
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