Mulher
Quase lua a se queimar,
vestida de prata, encanto do rio.
A vida lhe deu o filho querido,
embala no colo com triste olhar.
Quem dera pudesse prever seu destino,
nos campos, na guerra, em tudo mandar.
A força do sol acorda seus medos.
O dia raiou e a vida é isso.
Prepara o fruto, sacia a dor,
Brinca com o vento
cantando seu mantra.
Quando a estrada sumir no deserto
e o filho do filho beijar sua face,
a chuva banhará seus cabelos,
e será a lembrança de sempre amar.