NUNCA, ANTES EU AMEI
NUNCA, ANTES EU AMEI
Nunca, antes eu amei.
Nunca, como hoje eu amo.
As corridas no parque
A contemplação das estrelas
A companhia da lua.
Se estradas foram abertas,
Novos portos visitei
Sob o pretexto da saudade.
Mas era a sua presença
Que me fazia viajante.
Dos mares vinham navios
Com mensagens de você.
E eu continuava a amar mais ainda
Amava como o voo da lagarta
Na rapidez da sua transformação.
Amava loucamente o que mudava
Que me inspirava o que me surpreendia.
Temos essa incrível capacidade
De mudar e de perceber.
E eu mudava
Tanto quanto o amor me modificava.
Sentia no arrepio da pele
O contato que se expandia.
Nunca, antes havia sido assim.
Buscava o prazer
Encontrava a sublimação.
O efeito do que não se vê
Na sensação concreta que preenche.
Nunca, como hoje eu amo.
Ontem, o que me fascinava...
Hoje, entendo o que me preenche.
O amor é mais do que magico.
Sei, ele transforma,
Mas deixa no ar
Um clima de mistério.
Por perceber que amo com singularidade
Deixo dentro de mim a certeza de que...
Nunca, antes eu amei tanto!
Di Camargo, 23/02/2014