Mar do Nunca

O vento em sua musicalidade

Já convida o arvoredo para dançar,

Quase um grande totem levando tudo

À poesia altiva, viva como pássaros

N’um voo pela imensidão!

Pelo mar do nunca

As ondas vêm e vão deixando na praia

Um poema testamento escrito pela lua,

Escolhido pelo sol para despertar o dia

E levar pelo lado luz da terra, harmonia,

Amor em todos os grãos de areia!

Lá, uma única nota, singular

Naquele momento quando soou

Pelas cordas da viola enaltecida de sonhos,

Sobre a sofreguidão do olhar

Marejado de paixão e mistérios do amém!

Nas veredas da verdade

Tudo se fez sentindo por aquele sentimento

Causando arrepios, prantos pitorescos,

Uma canção envolvida de melodia

D’onde o contra baixo é o coração!

22/02/2014

Porto Alegre - RS