No cheiro do perfume
As flores essenciais
No cheiro do perfume
Do teu corpo se alegravam
E eram ativas confidentes
Nos desejos ansiados.
Funcionavam como escape
Nas aventuras idolatradas
Alcançadas pelo amor à nossa volta.
Mesmo sabendo da impossibilidade
Dum encontro duradouro
Não se fazia de vítima
Não vacilava e não reclamava
Da força conduzida pelo destino.
Obedecia ao chamado intuitivo
Da consciência, sem refugio, sem medo
E aplaudia as dificuldades imperativas
Buscando a felicidade... Ao fim extremo.
Entregava-se a mesa e de pronto
Seu corpo doce cedia animado
Alma presente, estilo delicado
Não resistia a seqüência dos toques
Minhas mãos deslizavam... Ela ria
Se abria de desejos e me cobria de beijos
E assim, atracada, confiada, realizada
Atirava o fruto da sua vida nos meus braços.
No cheiro do perfume
Encontrei na sua alma
O beijo ardente... molhado...
E o seu corpo jeitoso... me chamava.