Primeiro encontro

Ninguém esperava aquele encontro

Foi como um imã no olhar

Um momento fortuito

Algo que encantou

Não se sabe o que, nem por que

De repente surgiram mil palavras por dizer

Guardadas como se esperassem seus momentos

Competiam com a atração

Confundiam o coração

Aceleravam a pulsação

Tudo mais passou a um terceiro plano

Custava refrear a compulsão

Dava medo uma precipitada aproximação

Não havia como saber quem dirigiria a primeira palavra

Só um leve sorriso confirmava

Todo o corpo anunciava com tremores calmos

Com tensão controlada

Em certo instante, já havia a certeza

Haveria o próximo passo!

Junto com o desejo de se aproximar e falar

De dizer oi

Havia um inexplicável transe

Segurando os momentos

Adiando, protelando o encontro

Como se quisesse encantar o instante

Contemplar, festejar o início

Eternizar o êxtase da descoberta