Quimeras
Naquela fria e neblinada madrugada,
a brisa impiedosamente fere a carne
como uma ameaçadora navalha afiada.
Numa janela do outro lado da rua
surge esbelta cheia de sensualidade,
uma estonteante figura semi-nua
obrigando-me a voltar à realidade.
Longos cabelos em desassossego
emaranham-se fazendo charme,
procurando ocultar mil segredos
dentro de uma cabeça atribulada.
Volver num novo tempo, eu proponho,
tivesse o poder, ah!... Quem me dera!... mas não passa de um ilusório sonho
de uma das mais lindas das quimeras!...
02/08/2012 Fim