Quimeras

Naquela fria e neblinada madrugada,

a brisa impiedosamente fere a carne

como uma ameaçadora navalha afiada.

Numa janela do outro lado da rua

surge esbelta cheia de sensualidade,

uma estonteante figura semi-nua

obrigando-me a voltar à realidade.

Longos cabelos em desassossego

emaranham-se fazendo charme,

procurando ocultar mil segredos

dentro de uma cabeça atribulada.

Volver num novo tempo, eu proponho,

tivesse o poder, ah!... Quem me dera!... mas não passa de um ilusório sonho

de uma das mais lindas das quimeras!...

02/08/2012 Fim

Filêto
Enviado por Filêto em 20/02/2014
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