Taj Mahal 

Queria que alguém
Me amasse assim
E construísse um palácio
Um monumento ao nosso amor
Toda a expressão do seu sentimento
Construído em mármore branco

Queria que alguém
Me amasse assim
E que o palácio fosse todo incrustado
De pedras preciosas e semi- preciosas
Rubis esmeraldas jades lápis-lazúlis
Ametistas e tantas outras
Todas sem igual

Como prova do seu amor
Duas cúpulas costuradas
Por fios do mais puro ouro
Com um comprido espelho
De água ao centro

Cercado por quatro torres
Como toda expressão do seu amor
Mesmo que demorasse vinte e dois anos
Para ser construído

Só que eu não moro em Àgra
Estou viva e não me chamo Muntaz Mahal
Nem sou “A Eleita do Palácio”
E muito menos sou uma princesa 




 

Suzanna Petri Martins
Enviado por Suzanna Petri Martins em 30/04/2007
Reeditado em 31/08/2007
Código do texto: T469825