LOUCO
Sem que procurasse eu me apresentei-te
oferecendo o que desconhecida, ensinei
os primeiros passos nas coisas mais loucas
e belas do amor, a partir daí soubeste que louco vivia...
Que louco sonhava, que construía enormes
castelos com um só tijolo, que conversava com
as estrelas durante toda a madrugada e
que repetidas vezes dizia eu te amo!
Que louco também conhecia o doce aroma
das flores, o terno contar das aves e que possuía
a plena concepção de que os livros como os
vinhos quanto mais velhos mais sabem...
Soubeste ainda que louco sentia saudade,
que exprimia não apenas dúvidas, mas também certeza,
e com essa íntima convicção também rezava pedindo
para desterrar as imagens ruins dos pensamentos...
Aprendestes que louco também chorava, que suas
cicatrizes doíam mais que qualquer uma das outras,
que possui asas em seus devaneios, grilhões
no coração por que simplesmente aprendeu amar...