Clara de Assis
Perdoe Minha bela jovem, você conhece o amor?
Não! Estou aqui de passagem rumo à terra dos sentimentos perdidos.
Qual o seu nome?
“Tristeza” desculpe-me... Sempre choro ao dizer o meu pobre nome.
Não chore tristeza! Eu te respeito pela lagrima escorrer de tua face.
O senhor estar perdido?
Não! Eu não estou perdido, eu procuro o amor, mas, ninguém até agora me disse onde ele mora.
O senhor... Desculpe-me não sei ainda o seu nome.
Meu nome é “Poema”, mas pode me chamar de “sentimento”.
Ó! Como é lindo o seu nome gostaria de ter um belo nome como esse, sabe minha família sempre diz que sou especial, mas, não acredito que um alguém como eu possa fazer da vida um motivo de alegria.
Por quê?
Porque, não sei também o paradeiro desse homem chamado “amor”, parecido com um que já amei.
“Tristeza” você tem um sorrisos lindo sabia? Lembra uma lagoa que ninguém nadou, e, que as águas servirão de frescor para os beija-flores.
Porque o senhor diz isso Poema? Se sofro por meu sentir tão distante do meu próprio coração?
Minha bela virgem, dos olhos verdes e azuis, do cheiro do primeiro desabrochar das rosas no campo, você me faz bem.
Eu vejo que tens o peito cheio da pureza das garças.
“Poema” o amor é o que seu?
Ele é meu pai, mas, faz tempo que não o vejo, eu estava dormindo, e, fui acordado por um suspiro dos românticos, agora não sei por qual caminho seguir, se o norte perto dos limpos céus, ou o sul na terra dos seres que tanto sofrem.
Tristeza você já beijou?
O senhor me deixa envergonhada perguntado isso, não! Eu não conheço os lábios de nenhum enamorado.
Eu posso te beijar e seguir a viagem?
Não posso! O meu coração doe pensando isso.
O amor “Poema” ele é seu pai... Nunca lhe mostrou ele uma donzela para amar?
Tristeza eu agora estou vendo na minha frente à moça sagrada, que não engana os corações, e não afasta a felicidade da vida jurando um sorriso por toda vida, porque tu és criatura mortal, e anda entre os homens simples e pequeninos.
Ó poema é você quem sempre eu andava a dormir de um sonhar? Com lagrimas de inundar meu espírito, que fugia de mim nas poucas alegrias dos sentimentos femininos?
Sim minha doce menina! E agora podemos ir ao Paraíso do Poema singelo, que enuncia as canções dos quereres angélicos, que em ti se completa, porque tu tristeza é o aconchego dos poucos felizes que morrem neste mundo sem viver as glorias tão ínfimas, por sermos o “Poema” a inspiração dos corações apaixonados, e, a tristeza, o sentimento que semelhante as moças buscam um sentido para serem amadas.
Dei-me suas mãos.
Eu vejo que nelas está a macies da mais suculenta maçã, e que sabem acariciar a vida na doce gratidão, meu amor eu sinto que os teus olhos são claros, eu posso ver os rios mais puros, neles estão às crianças a recitar canções e a sinfonia da tenra pura idade, que não desaparece, porque, tu foste feita do som dos sinos da prata reluzente, os anjos não sentem medo do pecado e mesmo assim não há o pavor do desespero do murchar das flores, tua voz embala os trabalhadores cansados e eles sentem o sono mais revigorante, porque, adentraram um reino antigo, nos passos do poema em ti os religiosos cantam o saltério mais vibrante, e os pardais voam pelos céus em lua clara e romântica sem medo das nuvens negras, de tuas mãos o escrivão entra em êxtase pelas palavras nunca escritas, meu amor na viola mais afinada o soneto por ti é cantado, e na beirada do grande lago os cisnes dormem num silencio produzido pela primavera nos teus lábios, eu te amo, e quem entender isso entenderá que a paixão faz o corpo ter vida, e como é bom saber que nesta mortalha de carne o espírito pode ser feliz, eu vou pela estrada a perder-me no dia de flautas tocadas por Querubins, e vou ti encontrar ó minha amada, Clara de Assis.