O MAR DO CÉU

Meu Céu!

Deixa-me tomar desse carretel

E a linha embromada

Arrumá-la numa laçada!

E a branca chuva de longas torturas,

Derramada do meu peito nesse ensejo

De loucura,

Chorar somente brandura...

E que haja candura em sua feição!

E se por ventura

Apavorar o seu coração

Tornar-se ferro...

Permita-me ser a ferrugem!

Meu Céu!

Meu barco desliza nas nuvens

Deixe-se deitar sem censura,

Sinta a paz desse desejo,

Perca-se no desvairamento

Do Mar no Céu,

A viração...

Zilda Garcia
Enviado por Zilda Garcia em 17/02/2014
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