O MAR DO CÉU
Meu Céu!
Deixa-me tomar desse carretel
E a linha embromada
Arrumá-la numa laçada!
E a branca chuva de longas torturas,
Derramada do meu peito nesse ensejo
De loucura,
Chorar somente brandura...
E que haja candura em sua feição!
E se por ventura
Apavorar o seu coração
Tornar-se ferro...
Permita-me ser a ferrugem!
Meu Céu!
Meu barco desliza nas nuvens
Deixe-se deitar sem censura,
Sinta a paz desse desejo,
Perca-se no desvairamento
Do Mar no Céu,
A viração...