Quando se Consagra o Amor
A beira do cais o tempo, o vento,
Um templo ao poetar,
De juntar as figuras já tatuadas
Sobre alma, sobre o eco divagador
Viajando da voz calada, até as ondas
Mariolando pelo píer canção!
Olhai pelo mar o voar solitário
Da gaivota, do sol no ápice pôr
Trazendo sem meios versos
O sentir que todo o âmago deve gerir
E da noite vislumbrar, a melhor forma de amar!
Da nau que aportou, beija-flor
Pelo cálice vivente, amor pela vidência
Eleita pianista dos fios dourados,
D’onde a brisa murmura altruísta,
Intimista como a surrealidade de amar!
Da lágrima a dor intuitiva do sentimento
Que brota pelo veludo corpo em devaneios,
Inconfessos aos olhos do anoitecer,
Confessos às cordas coração
Em alto e bom tom, pura fantasia!
Enfim, a poesia de pele naufraga
Em lamúrias ritmadas... No instante do ais
O poema consagra-se!
17/02/2014
Porto Alegre - RS