Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

( Mario Quintana



É preciso crer...

E assim persisto em crer
Nas utopias
Em vasculhar o céu estrelado
À procura de um rosto
Um sorriso
Um amor


Por isso vejo na Lua cheia
Um olhar que me incendeia
Os sentidos
E me põe no rosto
O sorriso mais bonito

meu amigo,
Antes que seja tarde,
E que o teu desejo se vá de ti
E se torne fel
A travar-te a língua
Onde residem todos os sabores,
Vista tua fantasia,
recorre à poesia mais bonita
e não resista aos apelos 
a que fizeste ouvidos moucos.

Não queiras tão pouco para ti
nem para teu irmão!

Vejo o que ninguém mais vê?
Pois não me rotulem de lunática.
É que há muito venho tentando aprender
com os poetas
A deixar os olhos imersos no coração


E o que é invisível aos outros
Eu vejo tudim
Assim mansamente
Como brisa de uma manhã
De primavera
Que se expande por todo o jardim.

Não é à toa que a palavra quimera
Me encanta
Prefiro os contornos
Dos desejos ternos e loucos
Ao real sem fragrância e ternura
Sem mesa posta e convidados
Famélicos de beijos e abraços
E canções alvissareiras
Que têm na poesia
O princípio e o fim

O meu tiquim de juízo
Me faz ser o que sou
Alguém que faz da utopia
Um caminho a ser trilhado
Mas não vou sozinha
Sei das gentes que plantam os pés no chão
Mas a cabeça está nas nuvens
Junto às galáxias
Às nuvens brancas
Róseas ou plúmbeas
E com o olhar no horizonte


A minha gente quer ser ponte
Sempre
Quer ser laço
Mãos que se estendem
Àquelas que não entendem
Que ser feliz não pode ser pra poucos
Que o Bem não é inatingível
E se for?
Eu continuo buscando as impossibilidades
E a utopia está em mim.

E a ti,meu amigo,
o que resta se o sonho não te seduzir?
amarilia
Enviado por amarilia em 17/02/2014
Reeditado em 13/03/2018
Código do texto: T4694582
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