Onipresente
Da janela do meu quarto eu vejo o céu,
ouço uma canção que tem quase o seu tom:
leve, triste e quase que magnífica.
Observo ao longe o que decola: o avião.
Imagino quem está lá dentro e imagino como eles estão.
Vejo as luzes da cidade – é bom morar no alto.
O céu em si permanece impecável...
é sempre bom olhar.
Embora não haja estrelas hoje,no céu está o mar.
Vem cá olhar...
Entende? Você vê?
Está nublado, apenas sua cor não lembra o oceano.
Você não está ao meu lado, mas o céu está acima de quem eu amo.
Veja, estamos por algo ligados...
É o mesmo céu, para mim, para você, para os esquecidos,
apenas vemos diferente, vemos tudo aquilo que normalmente não é visto.
Ponha uma música,
vá até o quintal,
deite-se na grama ou no chão,
seja a música feliz ou baixo Astral...
Apenas sinta o céu,
Sinta a imensidão.
Experimente.Tente.
– só vê diferente quem sente.
Não pense! Sinta.
E suas dores adormecerão – mesmo
que por tão breve tempo,
as belezas do céu te inundarão.
Vá ver o mundo.
Vá senti-lo!
Quem sabe assim do nada,
tu sentes o melhor do mundo
e me sentes aí contigo.
Com o céu me sinto um ser alado.
Sem limites, livre, me sinto apenas inundado...
A questão é apenas sentir e ver.
Agora eu vejo no céu o mar,
E você, me diz, o que você vê?