Tédio

Como é ruim nada ter pra fazer

Não ter hora marcada

Nem um livro pra ler

Neste sol de quarenta

Sob a árvore desgalhada

Sem um rio pra banhar

Nas manhãs tão serenas

Neste tempo implacável

Em que a hora não pára.

Viver sem alegria

Curtindo a doce magia

Dum olhar.

Onde brota a poesia

E as grandes nuanças

Das constelações

O vigor das crianças sem moradias

Nuas nas ruas das periferias

A caminhar... Como é ruim!

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 16/02/2014
Reeditado em 16/02/2014
Código do texto: T4693487
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