DONZELA SOLITÁRIA
Solitária como a lua
Debruçada na janela
Ainda hoje triste donzela
A espera daquele amor
Que você sempre sonhou
Passa o dia suspirando
Á noite ainda sonhando
Com aquele pra quem guardou.
Nem o dia alegre e fresco
Veio ainda lhe contar
Qual lugar desse mundo
Que o teu amor deve estar
O vento zunindo lá fora
Ignora um alguém que chora
Nunca lhe trouxe o amor
Por ti tão esperado.
Nem a madrugada alva e menina
Disse-lhe em que ponto da Terra
Mora esse amor que esperas
Queima teu peito e lhe atina
Ora quem sabe agora a chuva fresca
Que costuma trazer novidades
Conta-lhe onde ele se esconde
Acalma o teu coração
E sossega tua cabeça.