SOMOS NINGUÉM!

Ainda perdura entalado na garganta

um grito que não sei o porquê que não quer

sair e porque teima em ficar onde está.

Já fiz de tudo para conhecer os motivos,

contudo sua obstinação demonstra não

conhecer os resultados torturantes que me traz.

É delicado conviver com este fato veraz tão persistente

que acaba se transformando em uma carga pesada

com os estilhaços voando por todos os lados.

Algumas vezes, tem-se a impressão que

trata-se de um gemido talvez até movido

por algo que conhece e só pra ele faça sentido...

Um grito ou gemido seja lá o que for,

é uma atitude terrível cheio de desprezo

que humilha uma indiferença que açoita.

Mas..., quem sabe se essa rotina não seja um

sinônimo de saudade, da mesma forma que um

leve arrepio prenuncia a aragem da tarde?

Quiçá seja a ausência de estrelas no céu

depois que o nosso mundo ficou mudo,

depois que deixamos de ser alguém...

Wil
Enviado por Wil em 14/02/2014
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