Eu esperava
Sentada no degrau da escada, minha cabeça no corrimão, com uma mala na mão, vestido de borboleta e botas, assim eu estava.
O sol vinha, o sol ia, a lua descia e a chuva caia. Assim se passaram dez anos e ele não aparecia.
Certo dia um homem surgia, estendia a mão e com uma rosa dizia:
_ “Vamos minha querida, cheguei”. A mão ela lhe dava, e assim partiram a caminho do sol que já se ia.
Nair Almeida