VIDRAÇAS


Cuidadas com esmero, limpeza impecável.
Por elas observa-se o que passa lá fora.
Suspeitava-se que fossem de cristal seus vidros.
Nas proximidades, fora das vidraças amores
Em abraços e beijos escandalosos se entregavam.

Linda, bonita vidraça com cortinas coloridas ou não.
Um cheiro transbordava nos cantinhos escondidos.
Aroma de mulher exalando emoções e sensações,
Perpetuando como botões desabrochando amor.

Vidraças que deveriam ser vidro fumê negativando
Aparências de suas sensualidades expostas.
Ao seu toque, ilusão reinava com desejos, armadilha
Selvagem em uma delicadeza estonteante.
Não fossem essas vidraças não teríamos nos encontrado.
 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 13/02/2014
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