VALSA DE AMOR NUM SOL POENTE
A Ti, ao amor
VALSA DE AMOR NUM SOL POENTE
Se alguma vez me quiseres ver feliz, contente, observa a minha
Valsa de amor num sol poente
Se alguma vez ouvires coisas sem qualquer tipo de lógica aparente
Sou a dizer-te que quero que estejas sempre comigo, sempre existente
Se alguma vez me vires a fazer figuras tristes, a dançar sem nexo
Sou eu a dizer na minha maneira parva que te quero
Se alguma vez me vires chorar
Sem lágrimas derramar
Choro por Ti
Porque comigo quiseste ficar
Se alguma me veres pendurado numa janela
Sou eu que olho para Ti, estrela, de todas a mais bela
Se alguma vez me vires deleitado num certo ardor
Sou eu que me encontro envolvido
Em toda a tua ternura, em todo o teu majestoso Amor
E nessa estranha dança sem compasso que me reja aparente
Desdobro o meu corpo em trejeitos que são para Ti o meu presente
Espasmos de ternuras dadas ou por entregar
Pois é no teu seio que elas têm lógico, possuem o seu real lugar
Se alguma vez me vires a dançar num perdido areal ao entardecer
Numa dança estranha e solitária
Que ninguém parece perceber
A não seres Tu
Por quem tudo o que sinto está vivo, está presente
Dedicando-te por isso essa
Valsa de amor num sol poente