Sua cabeça pensava, viajava... desfilava
Parece entendida com o tempo perdido
O feito, certo ou errado... tornara-se passado
E o amor, porventura existente, não fora suficiente
E o estrago acontecido, não suportara remendo...
Sua cabeça pensava, viajava... desfilava
Em praças diferentes... tinha íntimas vontades
Não era conduzida pela grandeza do amor
No coração não escondia encanto nem guardava sorriso...
O amor não era aceitado com candura nos seus sonhos
Dirigia os pensamentos com toques de ensejos
Esticava e aproveitava as vontades de momento
E para o corpo, se importava com o alcance do prazer.
O amor quando impera no coração
A cabeça não consegue se desvencilhar
Atingida em cheio, aproveita o belo momento
E se entorna com a nobreza de inefáveis pensamentos.
Se o coração se alegra quando sente saudade
A cabeça se curvará e tornará os sonhos suaves
Não importa, se a amada, corresponde a esse amor.
Imagino sua cabeça, com gosto extravagante
Pensando em mim, de forma aloucada
O coração ansioso de saudade... animado...
As mãos, deslizantes, se distraindo com o meu corpo
Os olhos vivos, trocando delicias com meu olhar
E da boca, um sorriso esticado, vindo ao meu encontro.
Parece entendida com o tempo perdido
O feito, certo ou errado... tornara-se passado...