Outrora de Amar

O cruzeiro do sul

Ainda não despontou pelo céu,

Dando guarida à lua, sendo guia

Do navegante, do escrevente,

Ao ato de bem aventurar o sentir!

Seguindo a voz que vem do norte

Em prantos amiúdes, me alço direto

Ao pensamento, ao conjunto de palavras

Dispostas em versos sem tendências,

Tão somente vivências, outrora de amar!

Enquanto a noite vem caindo

Deixo que vento adentre,

Brinque de balé com os tecidos,

Crie nas sombras a face, o corpo,

O surreal da poesia, doando à alma

O que beber, o que cantar, o que calar,

Até a seda desnudar e o lábio!...

Seja por anversos ou

Seja por reversos, a tetralogia lunar

De imprimir pelas pautas toda a sapiência

Refletida pelo âmago, pelo amor

Vindo da essência, da vontade de beijar!

12/02/2014

Porto Alegre - RS