AMOR E TERNURA
Quando sentires uma tristeza infinda
Em teu frágil coração
De humana criatura,
Pensa em mim
E deixa que eu te leve
Meus doces sonhos
De amor e de ternura.
Quando ouvires
Talvez na voz do vento,
Num sopro, um toque de amargura,
Pensa em mim
E deixa que eu te leve
Pelos meus lábios
Sons de amor e de ternura.
Quando não puderes
Mais ver o sol da Vida,
E em ti sentires
Um misto de ódio e de loucura,
Pensa em mim
E deixa que eu te leve
No meu olhar
A luz de amor e de ternura.
Se tu sentires, um dia,
Estar sozinho,
E que ninguém no mundo te procura,
Pensa em mim
E deixa que eu te leve
Minha presença
De amor e de ternura.
Se tu sentires que tua vida está vazia
E que dentro de ti cada vitória
Tem o sabor amargo da tortura,
Pensa em mim
E deixa que eu te leve
Meu coração
Com meu amor, minha ternura.
(Poema adolescente, início dos anos 1960)