Fim-nalidade
E mais uma vez me surpreendo
Ao vê-la de novo frente a mim
Retorno aos tempos vivendo
Esse sentimento sem fim
O tempo às vezes parece apagar
Mas logo reacende o fulgor
Poesias, coisas a contar,
Histórias, estórias, momentos de amor.
Ela, que finge sublimar,
Consegue somente sentir
Pequenas fagulhas no ar
Do fogo que sabe em mim existir
Impassível, nenhum sentimento,
No corpo, no rosto a mostrar,
Por dentro somente lamento
Meu tempo a desperdiçar
Por que no amor é assim?
Vivemos a nos acabar?
Se um só faz sublimar
O outro só pensa no fim?
12/12