Ahhh, o Amor!
Ahhh, o amor...
Esse brincante desalmando
criança zombeteira, farrista
que torna-nos passistas errantes
que verte em rios as nossas lágrimas
e em espumas brancas
nossos pensamentos.
Tão cruel se apresenta
uma flor de espinhos cortantes,
mas que de tal beleza pura inebriante
nos deixa em desconserto palpitante
em suspiros poéticos e quiçá, saudades.
Deixa-nos em fina forma, flor
desatinos, embaraços mil
tropeços vergonhosos e dramas
como se viciados em tal fato fôssemos
no âmago de nosso existir
dia após dia.
Numa rua apaixonada eu vi...
O vento que sopra brincante
esvoaçando os fios de cabelos desalinhados
os corações enlaçados, aninhados
perdidos em descompassos, olhares
desalinhando os fios de pensamentos constantes.