Entre o Perfume das Flores
No caminho até o chatô
Estandartes em carmim enfeitam
A ruela prosaica d’onde a noite
Já é da maresia, da alta maré,
Do xale esvoaçando pela sacada!
A brisa em suas consoantes
Brinda o coração numa opereta única,
De chorar pelos confins d’alma em ébrios,
Em tilintares completamente poéticos,
Por que na verdade o mar inventa-se nas ondas!
O céu é limpo, bordado de brilho,
De viços onipresentes ao passado,
Ao presente momento da mão sobre o papel,
Sobre a pele perolada, acetinada,
Daquela palavra induzindo o beijo,
Quão estreito focaliza o sentimento!
Se existe uma história,
É escrita nas páginas do silente, da solidão
A dois mundos perfumados de amor,
D’uma bucólica poesia escrita no espaço,
No interior de cada entrelinha de cada pedra
Até a oração do âmago!
07/02/2014
Porto Alegre - RS