Presença

A tua presença faz o poeta sentir outros perfumes, o enche de paz ... O poeta não vive só de risos, volta e meia chora o poeta!

A tua presença o encanta, feito criança no meio de muitas cores!

Sempre chora, sempre se retira, é a busca da tua presença.

'As presenças' na vida do poeta são importantes, mas nada se compara a tua presença. Lamenta, o poeta sente...

O poeta cultiva doces presenças, mas quando percebe a tua presença, ele deseja ter o arco-íris nas mãos e sair distribuindo cores.

O poeta não se exalta perante ti, muito pelo contrário, ele se cala. O poeta em silêncio grita, um grito que só ele consegue ouvir.

Ele nunca está só, ele tem por companhia as palavras,

no sentir, no ter, no fazer, no zelar, no diferenciar, no amar

exageradamente. Na verdade é um poeta que chora e ri!

O poeta é assim, acuado, fechado, é como uma gota de chuva que pinga num lago parado. Muitas ondas se formam no interior do poeta, são ondas sem fim, pois dentro dele sempre se abre uma coisa, um sentir enfim.

Nunca o magoes, ele se fere profundamente. A tua presença é o motivo da inspiração maior que há no poeta, o poeta que chora silencioso e em si.

A tua presença o enche daquilo que ele busca mesmo sem ter aonde ir. A tua presença sente e por mais que se negue, seu coração não se engana, muito menos a si próprio.

A tua presença decora a inspiração do poeta, do poeta que chora e ri!

Ele ri de si mesmo, chora de si mesmo. E de tudo isto o poeta só não sobreviveria com a tua ausência. O poeta que chora e que ri de amor de verdade!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 06/02/2014
Reeditado em 19/03/2014
Código do texto: T4680449
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