Um amor de pura verdade

Um amor de pura verdade

Adormece pleno, suave, absoluto

Não mede a cobiça dos sonhos

Nem o tamanho dos assédios aos pensamentos...

Se porta inteiro, confiante no fundo do coração

E não tem jeito de se encostar na saída.

Os pensamentos movem-se devagar

A cabeça insiste nos sonhos

E não consegue deslembrar

O amor prendido no coração.

O amor não vive só de desejos

E vontades aquecidas pelo gosto do coração

Ou pelas travessuras imaginadas pelos pensamentos.

Importa saber se a vida a ser entregue

Merece a companhia do afeto encontrado

Ou se chega calado, passa e deixa um pouco de si.

Nunca esqueça ter vivido um grande amor

Apenas sinta, o tempo das lembranças passageiras

E sem a dependência imposta no coração pela saudade.

Não se consegue esquecer

Um amor guardado no coração

A cabeça não distrai se o amor lhe consume.

Não se deve recusar toques no seu retrato

Nem de lembrar os beijos ardentes

Nem do último encontro desvairado...

A saudade matura, não seja chorosa

Apenas fruto de um grande amor

Passado, vivido... ligeiramente perdido

Nunca esquecido, se ainda, retido no coração.

As pessoas passam... Literalmente

E o amor, guardado no coração

Conserva, fica, permanece, pra sempre.

Sinta a saudade sem privilegio de dor

Apenas por conta de uma lembrança

Amorosa, amiga, leve, bonita... gostosa.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 06/02/2014
Código do texto: T4680158
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