Um amor de pura verdade
Um amor de pura verdade
Adormece pleno, suave, absoluto
Não mede a cobiça dos sonhos
Nem o tamanho dos assédios aos pensamentos...
Se porta inteiro, confiante no fundo do coração
E não tem jeito de se encostar na saída.
Os pensamentos movem-se devagar
A cabeça insiste nos sonhos
E não consegue deslembrar
O amor prendido no coração.
O amor não vive só de desejos
E vontades aquecidas pelo gosto do coração
Ou pelas travessuras imaginadas pelos pensamentos.
Importa saber se a vida a ser entregue
Merece a companhia do afeto encontrado
Ou se chega calado, passa e deixa um pouco de si.
Nunca esqueça ter vivido um grande amor
Apenas sinta, o tempo das lembranças passageiras
E sem a dependência imposta no coração pela saudade.
Não se consegue esquecer
Um amor guardado no coração
A cabeça não distrai se o amor lhe consume.
Não se deve recusar toques no seu retrato
Nem de lembrar os beijos ardentes
Nem do último encontro desvairado...
A saudade matura, não seja chorosa
Apenas fruto de um grande amor
Passado, vivido... ligeiramente perdido
Nunca esquecido, se ainda, retido no coração.
As pessoas passam... Literalmente
E o amor, guardado no coração
Conserva, fica, permanece, pra sempre.
Sinta a saudade sem privilegio de dor
Apenas por conta de uma lembrança
Amorosa, amiga, leve, bonita... gostosa.