Pupila de Dragão
Com o coração dividido entre dois mundos
Ele já não sabia o que era verdade ou mentira,
Sonho, amor, paixão, desilusão, morte ou música.
Sentia conter todo o ódio do mundo dentro do peito,
Mas estava confuso se aquilo era mesmo ódio ou amor.
O amor, querendo tomar o coração do bravo guerreiro
E ensiná-lo a ver as tulipas da sua própria alma.
De ímpeto, sentiu sede de sangue, sede de guerra,
Sede de matar qualquer coisa viva, mesmo que fosse uma rosa
E que esta rosa ferisse suas calejadas mãos.
Olhou para o campo verde que se estendia através de seus olhos,
Sua pupila dilatada por alguns segundos, o cheiro do amor o insultava.
Uma mão suave tocou nos seus ombros, pelas costas.
Ele soube, pela leveza da mão, a quem ela pertencia.
Seu coração pulsou forte, forte como na batalha.
Virou-se e olhou no fundo dos olhos do seu pecado,
E, não se permitindo amar ou ser amado... Cravou a adaga no peito.
4.2.14 C.V.L.