Soneto à Lu

Doce amiga de angélico sorriso

De olhar em mel e derramando encantos

Adoça-me a vida com carinhos tantos

Que após amar-te nada mais preciso.

Prazer e amor ao teu falar diviso

Desfaz-se em riso a nuvem do meu pranto

Se a tua voz me envolve no acalanto

Esvai-se a loucura e torna-me o riso.

Quando o eco de um adeus nos for saudade,

Tua lembrança será meu doce alento

A me apagar do peito essa maldade

Ouvirei então, Lu, tua voz no vento,

Trazendo-me consolo e, na verdade,

Amo-te tanto, és o meu pensamento.

Abnel Silva
Enviado por Abnel Silva em 04/02/2014
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