Soneto à Lu
Doce amiga de angélico sorriso
De olhar em mel e derramando encantos
Adoça-me a vida com carinhos tantos
Que após amar-te nada mais preciso.
Prazer e amor ao teu falar diviso
Desfaz-se em riso a nuvem do meu pranto
Se a tua voz me envolve no acalanto
Esvai-se a loucura e torna-me o riso.
Quando o eco de um adeus nos for saudade,
Tua lembrança será meu doce alento
A me apagar do peito essa maldade
Ouvirei então, Lu, tua voz no vento,
Trazendo-me consolo e, na verdade,
Amo-te tanto, és o meu pensamento.