Lua

Havia sete luas

todas sem vida.

Viviam talhadas no aço

envoltas nas mais estranhas loucuras

em noites rasgadas por punhais

despencando em olhares medievais.

Espreitando no escuro

era puro caos

caótica sepultura de luas

calada

não queria dizer nada.

Esgueiravam ao longo da muralha

com a boca velada

tensa extenuada

com as pernas abertas a espera do falo.

Cravada nas noites de espumas

não falo sobre teus dedos

falo sobre teus medos

intermitentemente contemplativos

como as feras

de olhos passivos.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 03/02/2014
Código do texto: T4677099
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