Amor sem Rumo

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É possível amar sem saber o rumo.

Ser doce, frágil e forte e esquecer

o ritmo dos sonhos sem prumo.

Ó alma dos meus desejos!

Guardo nos pulsos, o som

das palavras ágeis e leves.

Os dedos acariciam as cores

e os dentes das serpentes

tatuadas nos teus braços.

Ouço o eco dos poemas

inspirados nas pedras

lavradas nas montanhas.

Desenho lembranças

nas horas marcadas

com as mãos trêmulas.

A ternura apaga amarguras

atrás do espelho das horas.

Sempre estou a mergulhar

na claridade e no escuro

dos teus olhos.

Sei de tua alma e sabes

quase nada das salas

onde estão as flores

dos meus quintais.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 03/02/2014
Reeditado em 06/02/2014
Código do texto: T4676998
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