Deve ser péssimo: o sonho estreitado

A gente tem preso no coração

Quem não consegue esquecer

Grudado, dentro, amarrado... atuante

Permanece como sendo um gostoso bel-prazer...

Deve ser péssimo: o sonho estreitado...

E o amado distante... O coração animado

O sonho aceso, desvairado... indo embora

E o amor presente, invadido... não desaparece...

E, ainda, não ter o cheiro, o abraço, o chamego

O olhar, o sorriso, a boca, o desejo acolhido

O beijo derretido deixado no gosto da saliva

E, muito menos, os arrojos... os seios dispostos...

E nem poder matar os sonhos

Em alguém tão perto... colado, quase vizinho.

Ás vezes, o querer não prevalece

Percorre-se, o mesmo caminho ou quase

E não consegue estar animado... junto

E nem viajar no próprio mundo dos sonhos confiados.

Deve ser complicado, sem tino

Ter o amor tão próximo, ou quase

E não tê-lo em momento preciso... especial.

A vida é carregada, intensa, quando se ama

E o coração, uma fonte, de surpresas à vista

O coração pensa (alto): conheço, você a fundo...

Mas, impotente, se sente longe desse alcance.

E... amar, é apertar muito, o sentido

Da força existente no interior do corpo

Sem deixar espaço para desencontro com o coração...

E, à luz da verdade, torna-se difícil de encontrar

Esse ponto, de equilíbrio, num coração perdido...

Cromeu
Enviado por Cromeu em 03/02/2014
Código do texto: T4676050
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