Fábula

E o Poeta encantou a Lua...

E a Lua nunca mais foi a mesma...

Deixou-a ainda mais radiante,

diante da própria beleza.

Havia a magia das palavras

trocadas, todas as noites,

por um pouco de luar.

E o Poeta sonhou...

E a Lua acreditou...

Do sonho e da crença

nasceu uma nobre filha,

a Poesia.

Hoje, o Poeta abandonou a Lua,

por medo ou covardia,

pois a Lua ali sempre estará

bela, reluzente, cheia de alegria.

Enquanto o Poeta, cego pela dor

de querê-la só para si,

entregou-se à Nostalgia,

traindo, assim, seu verdadeiro amor.

Mas a Poesia, fruto daquele versejar,

eterna, como o sonho e a crença,

ensina a todos o que é amar.

SueliFajardo
Enviado por SueliFajardo em 28/04/2007
Código do texto: T467554
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