A GUARDIÃ DO CORAÇÃO
_ Meu coração querido, hoje venho te explicar:
sabes por que ando te deixando tanto de castigo?
É que tu andas leviano e mais impulsivo que de costume.
Quer porque quer se entregar outra vez.
Eu aqui atarefada, com mil coisas para decidir,
e você fica aí, sonhando nesse teu romantismo.
Não coração, tu não és um tolo; não me julgues fria assim.
Sei que és bom, e só desejas amar de novo,
e provar desse gozo inefável, maravilhoso!
Ó coração, eu compreendo o teu penar, mas
tu hei de compreenderes, que ainda é preciso esperar.
Por favor, compreendas a minha dura posição.
Sou a voz da razão, e não sou surda aos apelos do coração,
pois sou também serva do amor.
Mas por ti devo zelar, como sagrada guardiã.
Tu não sabes o quanto te quero bem.
Venho fazer-te um pedido de irmã: antes de te entregares com ardor, deixe-me primeiro pavimentar e iluminar a tua linda estrada de sonhos, para que possas percorrê-la, amando com segurança.
Nota: os versos deste poema foram inspirados em um texto que me foi enviado por uma amiga muito querida. Este poema é obra de ficção, assim como o texto que o inspirou.