QUANDO ESCREVO

Quando escrevo

E ponho e exponho minhas letras

E minhas grandes dores

E minhas dúvidas companheiras

Sinto-me expurgando

O pus de uma ferida

Espremendo metaforicamente

Uma espinha encravada.

Mas a dor

Continua assim mesmo

Porque aquele lado lá da cama, sabe?

Continua vazio.

Porque eu me mostro

mas não me perdoo.

Porque a vitrine

Não passa de um papel em branco.

Porque sofro

Mas de mim não te arranco.

rub levy
Enviado por rub levy em 01/02/2014
Reeditado em 01/07/2015
Código do texto: T4673934
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