NOVOS ABRAÇOS

Como princípio deste confesso

instante,

digo-te, que chorei sim, com tua

partida.

Creio que nada adiantou

chamá-la repetidas vezes.

Não foi somente um dia que lamentei,

mas, por uma vida toda e, até hoje,

a recordação do que aconteceu,

aida magoa.

mesmo de joelhos em minhas

invocações,

as luzes se apagaram,

não enxergo mais nada

e, o socorro não chega.

Neste estágio inundante,

parece que me encontro

completamente submerso,

sem poder respirar...,

deixando não sei onde,

as poucas relíquias

que nos envolveram.

Lastimo apenas o que

não realizamos,

coisas simples

que pertencem somente

aos amantes...

E agora,

o que desejar do inexistente,

se não relembrar os momentos

que meus pensamentos

se recusa em jogar fora?

Vou fluindo sem rumo certo,

bebendo o licor da saudade.

Preciso uma razão para viver,

desvencilhar-me dos braços

do passado e me estreitar

em novos abraços.

Wil
Enviado por Wil em 01/09/2005
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