SÊDE

Resta-me dizer que sinto sua falta. Estou nos braços do mundo feito andarilho que não sabe parar. Calado fico em meu medo de sofrer. Vestido de saudade procuro não chorar. Sou agora um nada ambulante que no dôce sentiu sal, alguém que gostaria de ser importante a você, assim como o sou a mim mesmo. Quero soltar meu grito na angústia do meu instante e chegar ao fim da noite sem medo de encarar o dia. Quero encontrar um atalho pra chegar onde dizem que a vida continua. Resta-me plantar uma esperança e seguir a estrada, matando essa sêde que me atormenta.

Waldenilson Ferro
Enviado por Waldenilson Ferro em 31/01/2014
Reeditado em 31/01/2014
Código do texto: T4672419
Classificação de conteúdo: seguro