Nascente Amor

Andança, esperança...

Versos de Neruda e a bonança

Dos mares em reversos de poesia

Vertendo dos poros, dos portos,

Dos óculos a frente do poeta

Por traz das letras sonhando a musa!

Vagar, divagar...

Trechos do coração e a nascente

Desaguando, vertendo em tilintares

Rumo ao rio, ao encontro das palavras

Estribilhos do silêncio, ecos dos lábios!

Escrever, descrever...

Deixar-te levar pela inspiração

Do fato maculado em carícias, intimidade

Projetada em sombras pelas cortinas

Dançantes, cintilantes como o preito!

Amar, amar e amar...

Que seja a Nautilus a nave mãe

Desta viagem de corpos e estreitas dores...

Ah, curiosas e misteriosas dores do amor,

Pelo desenho da pele nua, da lua crua

Testemunha do arranjo em lá maior, de navegar!

30/01/2014

Porto Alegre - RS